domingo, 26 de julho de 2009

Sadness time

Voltava da aula de russo... só conseguia imaginar as intermináveis dobras de gordura pelo corpo inteiro da minha professora. Dobras de gordura que remetiam a uma vida de solidão, uma mulher que provavelmente não é casada,não tem filhos tem um gato que é o único amigo dela e faz sua terapia com intermináveis madrugadas de degustações culinárias.
Eu simplesmente não conseguia me concentrar em nada mais do que nas curvas de tristeza do corpo de Yvenah. Sabia que deveria lembrar de toda a matéria dada por ela durante a aula. Minha dificuldade em manter a atenção em uma determinada coisa era torturante, ainda mais quando meu ponto de fuga era uma visão que não me era agradável.
Logo quando cheguei em casa eu fui para o meu quarto, carregava nos braços um livro sobre a ortografia russa e um caderno que deveria estar lotado de anotações... mas não tinha nada alem de desenhos lúdicos... frases desconexas e pensamentos que passavam em minha mente durante as aulas.
Eu lembrava que Yvenah tinha dito algo sobre: "dever... provas...matérias sobre construção de texto" mas era tudo muito confuso em minha cabeça. Eu estava exausto, mesmo sem ter feito grandes esforços nos últimos tempos. Chegava no final do dia com uma grande fadiga.
Resolvi ligar para uma colega de classe e ela confirmou o que eu temia:" semana que vem teremos prova e uma redação valendo 15 pontos... é melhor você estudar."
Desliguei o telefone e me joguei em minha cama com meus livros e meu caderno de "anotações". A única coisa que me vinha em mente era a imagem de uma mulher muito branca, muito gorda, sentada em um sofá... com um pote de sorvete nas mãos e um gato deitado sob seus joelhos... as luzes da sala apagadas... somente a claridade da televisão que por sinal não estava sintonizada direito, passava um comercial de trituradores de alimentos.
Comecei a imaginar que deveria ser muito triste estar na pele daquela mulher, tão sozinha, tao abandonada... digna de dó. Eu acho que se ela morresse ninguém notaria de imediato.
Ainda bem que não sou eu que estou nessa posição. Acho que eu não teria forças para levantar da cama com uma vida tão parada assim.
Resultado de ter pensado tanto sobre isso: reprovei na prova de russo e consegui um C- na redação. Isso sim é infelicidade.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

My Hero


As vezes a gente tenta entender o motivo de um lado ser ruim e o outro ser bom... a constante balança que faz tudo ser perfeito(?), os motivos de certas pessoas terem atitudes erradas... os motivos de nós mesmos termos atitudes erradas.
Eu tenho um herói... ele não usa capa... nem um brasão no peito... está longe de ser o super-homem... seus poderes? Humpf... quem é super homem perto do meu super herói?!
O meu super herói tem um sorrizo que hipnotiza... um olhar doce e meigo que entrega toda a bondade do mundo nas minhas mãos... e um abraço tao forte que consegue destruir qualquer coisa ruim dentro de mim.
O meu super herói erra... e ele nao é perfeito... mas ele é ideal para mim. A unica coisa que me destrói é saber que o ponto fraco dele... é ele mesmo... nao sou eu... nem a criptonita...
Um pouco Batman... um pouco eu... um pouco ele...
Mas mesmo assim... eu ligo o meu holofote todas as vezes que eu preciso dele e espero que ele veja no ceu o meu pedido de socorro... as minhas promessas de amor... a que eu tenho nele... e na força que ele tem para mudar o mundo ( o meu mundo e o mundo dele).